sábado, 10 de setembro de 2011

Os céus de Curitiba

Tá no Brasil, mas não é bem Brasil e não é bem assim Europa. O fato é que o céu pode ser qualquer coisa de britânico às vezes. Proporcionou ontem um espetáculo de cores em diversos atos. O dia começou conturbado. Não sabia se chovia fino, garoa fria, ou se chovia forte, gotas gordas. Mas provavelmente ficou num nublado indeciso. Na tarde, foi absoluto: foi cinza.

Então veio o céu do final de tarde como uma surpresa para todo sul do Brasil. Um vermelho aroseado que talvez só Van Gogh soubesse pintar.

Acompanhado de músicas veio a noite. Dela se fez o que se devia e se cabia, pouco do que se sabia mas um tanto do que se podia. A luz amarela dos postes, quase um vermelho gasoso, com a neblina branca fez o habitual laranja da noite Curitibana.

Na madrugada a neblina venceu. Dominou não só o céu, como desceu à terra. E o resultado foi uma imersão em algodão. Um branco que a tudo engolia, escondia os mais altos pinheiros, disfarçava os robustos prédios e os seres erráticos confundia. Mais forte que a fog londrina ou que as brumas de Avalon.

Depois de tudo isso, veio um outro tipo de vermelho, o da aurora, com tons profundos de marrom. Prenúncio de um novo dia, esse azul, mais ao gosto brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário